domingo, 12 de julho de 2009

Chegada a Autazes

Ainda em São Paulo estávamos ansiosos para conhecer a cidade de Autazes, com receio frente as condições que teríamos na cidade, como o acesso à internet, uma cama confortável e um clima ameno. Imaginávamos uma cidade bem pequena com lazeres e dia-a-dia bem diferentes de São Paulo. Empolgava-nos bastante o tema de estudo, principalmente após o encontro de sexta-feira do Conexão Local, onde encontramos nosso coordenador Renê Birocchi e o professor Eduardo Diniz.

Saímos de casa domingo de manhã e chegamos a Manaus por volta do meio-dia. Ainda no avião foi possível notar as cheias no Estado pelo transbordar dos rios que invadiam as áreas verdes. Manaus é extremamente abafada e realmente uma grande cidade com quase 3 milhões de habitantes. Já em terra passamos pela zona franca e vimos imponentes indústrias de marcas importantes, como Sony e Nokia. O taxista foi bastante simpático, como a maioria das pessoas que conhecemos aqui, e ao longo do caminho foi nos mostrando a cidade. Ele nos deixou no porto, local de encontro que havíamos combinado com nosso orientador. No porto encontramos com Renê, nosso orientador e Karolina, namorada dele.

O trajeto de Manaus para Autazes começava por um barco que saia do Careiro(um mini-porto). O barco era bem rápido e transportava cerca de trinta pessoas. Começávamos a ver a quão bonita e grandiosa é a paisagem aqui no Amazonas com uma vegetação muito verde e densa e grandes rios.



Desembarcamos em uma feira ao ar livre invadida pelo rio. Chamou-nos bastante a atenção fato de estarem exposto bois quase inteiros pendurados pelos feirantes. Pegamos um micro-ônibus e entramos em uma estrada alagada em alguns pontos. As pessoas pareciam não se sentirem incomodadas pelas cheias, pelo contrário, se banhando nas partes alagadas, fazendo churrascos, ouvindo músicas e esperando o ônibus passar para jogar água, assim se divertiam bastante.


Após quase duas horas de viagem chegamos a outro lugar para embarcar e chegar na tão esperada cidade de Autazes. Deixamos as pessoas saírem do micro-ônibus antes para depois pegarmos nossas malas. Não foi uma boa idéia, o barco que iria sair lotou e tivemos que esperar o próximo barco que só sairia quando houvesse pessoas suficientes para lotar o barco. Já eram umas cinco horas da tarde e o próximo ônibus estava previsto para demorar cerca de meia hora. Aconteceu que nesse tempo chegaram dois ônibus, porém os dois vazios, para nossa decepção. Durante o tempo de espera conversamos com o motorista no barco que nos falou que comprara o barco por cerca de R$3.000,00 e o motor por R$28.000,00, ambos à vista, e começou a trabalhar naquele trajeto. Ele disse que de um a dois anos era possível recuperar o investimento efetuado. Surpreendeu-nos os altos valores envolvidos no negócio.

Já acomodados no barco, para nossa surpresa, o motorista nos falou que o próximo ônibus sairia somente às 19h. Felizmente um ônibus fretado aceitou nos levar por R$5,00 e chegamos à cidade já no pôr-do-sol.



Acomodamos-nos no hotel que era de ótima qualidade, com televisão, frigobar e o essencial ar-condicionado. Passeamos um pouco pela praça à noite, e comemos no restaurante Bom Prato. Bom restaurante que iria ser nosso fiel companheiro nas refeições dos dias que viriam.

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